Sobre o livro: 2016 / Uma mulher sonha que está sendo perseguida pelas ruas desertas de uma cidade noturna por um enorme homem negro nu . Ela corre para um beco, outro, um terceiro - e congela em desespero: um beco sem saída. Estando em uma situação tão “sem saída”, ela se vira e grita furiosamente: “Bem, o que você quer de mim?” Ao que o negro encolhe os ombros, perplexo, e responde calmamente: “Não sei, senhora, isso é, claro, uma piada”. Mas os sonhos (como processo fisiológico) e os nossos sonhos são muito sérios. Passamos um bom terço de nossas vidas na posição horizontal com os olhos fechados - dormimos. Durante este período não tão curto da nossa existência terrena, somos, por assim dizer, apagados da lista dos vivos. E se de alguma forma deixamos os outros saberem sobre nós mesmos, isso nada mais é do que ronco. No entanto, a imagem harmoniosa do entorpecimento do nosso corpo é perturbada pelo cérebro - algo caprichoso e imprevisível. Eu gostaria de poder mergulhar na escuridão e relaxar lentamente até o despertador tocar. Não é assim. Antes que você tenha tempo de enterrar a cabeça no travesseiro, o pandemônio começa imediatamente sob seu crânio. Aqui você encontrará erotismo, pesadelos, melodramas e simplesmente bobagens. Nosso inquieto processador nos coloca nas situações mais inimagináveis ​​várias vezes por noite e nos obriga a sair delas. O próprio Spielberg ficaria com inveja da sofisticação das tramas propostas. A questão é: como devemos abordar tudo isso? Talvez eu devesse acordar e esquecer tudo? Ou vice-versa - com toda a seriedade, pegando um livro dos sonhos, cada vez mergulhando na análise escrupulosa do que vê? Em uma palavra, o que fazer com os sonhos?